Usar a internet como ferramenta para complementar informações aprendidas em salas de aula não é novidade, plataformas como o YouTube, por exemplo, são usadas há tempos com essa finalidade.
Mas uma informação que (pode ser) novidade, é que a plataforma de compartilhamento de vídeos também tem sido bastante usada por profissionais técnicos, como médicos cirurgiões, que recorrem ao youtube para aprender como realizar procedimentos cirúrgicos. ⚠️
Vendo dessa forma, pode parecer loucura, mas este cenário de aprendizado “self-service” é uma das tendências de transformação global da educação segundo o estudo Global Learner Survey.
Na CamiNews deste mês vamos abordar a temática aprendizagem/conhecimento, uma área que passou por mudanças significativas nos últimos 2 anos, mas que também mantém alguns dos “velhos hábitos”.
01. Micro Aprendizagem
Nunca houve tanta informação disponível como temos hoje e a prova disso é a própria internet. Temos acesso a diversos tipos de conteúdos e formatos, vindos de múltiplas fontes. Vivemos a era da informação. E, ao mesmo tempo que isso nos trouxe muitos benefícios, há também os malefícios, como a falta de atenção e limitação na capacidade de concentração.
E para atender esse gap do mercado e da necessidade humana, algumas coisas precisaram ser adaptadas e a micro aprendizagem passou a ter um emprego ainda maior pela exploração de suas funcionalidades.
A micro aprendizagem nada mais é que uma estratégia utilizada no aprendizado ao longo da vida (lifelong learning – que veremos mais daqui a pouco). Esse método de aprendizagem consiste em passar conteúdos concisos, em pequenas pílulas estruturadas de fácil assimilação e de rápida duração. Focando, portanto, em atingir um objetivo necessário, como habilidades, conhecimentos ou resultados bastante específicos.
Esse método vale tanto para aprendizado acompanhado (como cursos, etc) quanto para auto aprendizado (com vídeos no youtube, podcast, etc).
E como tudo na internet acontece muito rápido, já temos em curso uma evolução da micro aprendizagem, a nano aprendizagem, que tem seus conceitos utilizados no app TikTok, como se antevê pela hashtag #LearnOnTikTok.
Meu pitaco: gente, quem nunca resolveu fazer um curso on-line sobre um tema só para ver se queria se aprofundar ou não? E as famosas fórmulas de lançamento com lives gratuitas para falar sobre um conteúdo/método? Eu confesso que eu amo!
02. Lifelong Learning
O lifelong learning (aprendizado ao longo da vida) é um reflexo do dinamismo do mundo contemporâneo, que está em constante mudança e em desenvolvimento contínuo, principalmente quando se trata do mercado profissional.
Ter uma graduação, uma pós, mestrado, doutorado, não é mais suficiente, é preciso manter um aprendizado constante, mesmo que já tenha passado por todas essas etapas. Só assim para acompanhar as rápidas mudanças do mundo.
O termo em si pressupõe que nunca é cedo ou tarde demais para aprender algo novo e que nenhum diploma, por mais requisitado que seja, pode encerrar a sua jornada de desenvolvimento.
Este método é baseado em 4 pilares de aprendizado:
- Aprender a conhecer: o conhecimento é parte indispensável do aprendizado e isso requer curiosidade, reflexão, postura questionadora e pensamento crítico, dessa forma é possível construir o pensamento autônomo.
- Aprender a fazer: este pilar é baseado na metodologia 70:20:10 – onde conclui-se que a expansão da aprendizagem ocorre por circunstâncias distintas. Apenas 10% do aprendizado é adquirido de cursos, 20% resulta da interação com outros indivíduos e 70% vem de experiências próprias.
- Aprender a conviver: esse pilar é resultado dos 20% de interação com outros indivíduos, citados acima. Isso significa que qualquer tipo de troca pode promover o aprendizado.
- Aprender a ser: o último pilar se trata de desenvolver autonomia para aprender coisas novas. O indivíduo deve formar autorresponsabilidade sobre o seu aprendizado.
Meu pitaco: Sabe aquela conversa de que enquanto nossos pais, em média, pararam no grau universitário, nós já estamos na pós-graduação/doutorado e ainda não é suficiente? É sobre isso, hahaha!
03. Ebook vs. Livro Impresso
No meio de tanta tecnologia e da aceleração digital pela qual estamos constantemente passando, alguns “velhos métodos” de aprendizagem seguem sendo a escolha das pessoas, como por exemplo, o livro impresso.
Uma pesquisa realizada pelo Statista & Media Outlook mostra que os adeptos ao e-book são bem menores que do livro impresso em todo o mundo:
Nos Estados Unidos, onde os ebooks são bem populares, apenas 23% da população compraram livros digitais em 2020, contra 45% que compraram livros impressos. Por essa você não esperava, hein?
Países desenvolvidos como Alemanha e França têm baixos índices de adesão aos e-books, um indicador de que a cultura do país influencia essa equação, pois países orientais que têm as tecnologias digitais como algo nativo de sua sociedade, como Japão e Coreia do Sul, mostram índices mais altos.
Outra questão que possivelmente afeta e influencia a adoção dos e-books é a financeira — a melhor experiência de leitura de e-books demanda a aquisição de dispositivos dedicados (como o Kindle).
Meu pitaco: Eu confesso que não imaginava que o livro físico ainda estivesse tão em alta. Que bom!
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- Leia essa reportagem com o neurocientista francês Michel Desmurget – diretor do Instituto Nacional de Saúde da França sobre como o uso em excesso de dispositivos digitais estão afetando o desenvolvimento neural das crianças francesas.